Abrigo para indígenas registrou surto de tuberculose, e uma criança de 5 anos morreu
A Associação Brasileira de Antropologia, através de sua Comissão de Assuntos Indígenas, da sua Comissão de Direitos Humanos e de seu Comitê de Migrações e Deslocamentos, publicou nota relativa a denúncias graves verificadas em documento emitido pela Defensoria Pública da União. A nota destaca que após visita realizada pela DPU em 8 de novembro de 2021, os defensores
“verificaram as péssimas condições de acolhimento do local. O abrigo que deveria suportar no máximo 80 pessoas, conta com pelo menos 188 indígenas, dentre mulheres, crianças e pessoas idosas. No momento da visita, uma equipe de saúde formada por duas enfermeiras estava no local realizando protocolos de testagem para tuberculose. Naquele abrigo, foram diagnosticados casos de tuberculose. Uma criança de 5 anos faleceu com suspeita da doença e outras pessoas estão internadas em hospitais do Distrito Federal. Verificou-se ainda diversas crianças com aparentes sintomas gripais, como coriza, espirros e tosse.”
A ABA solicitou atenção imediata do Ministério Público Federal, se colocando à disposição do órgão "para colaborar na busca de saídas viáveis e de acordo com as normas de direitos nacionais e internacionais para os povos indígenas em contextos de migração e refúgio."
Condições são precárias em abrigo. Uma criança faleceu vítima de tuberculose. Foto: Defensoria Pública da União.
Após a nota, a Frente Nacional pela Saúde de Migrantes, em parceria com a ABA, foi convidada para participar de reunião organizada pelo governo do Distrito Federal para tratar do caso. Também a OIM, parceira do projeto de interiorização e abrigamento dos indígenas migrantes no DF, e o ACNUR participaram. A reunião foi realizada presencialmente no dia 22/11, às 9h. Um relato será divulgado em breve.
Para acessar o inteiro teor da nota, clique aqui.
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